Surpresa logo ao acordar, tínhamos os músculos das pernas, braços e o traseiro bastante dorido, um bronze bastante intenso na cara, pescoço e braços, pode-se dizer o famoso bronze à camionista. A razão para isso foi que o nosso protector solar decidiu dar uma balda e escondeu-se mesmo em cima da nossa cómoda… em casa… malvado…
Tínhamos planeado que este dia seria dedicado a fazer caminhadas. Como não tínhamos uma boa ideia dos percursos que podíamos fazer e que sítios visitar, decidimos ir até à Covilhã para tentar encontrar o Posto de Turismo. Ora como Portugal é um sítio de pessoas inteligentes, achamos que não é necessário tornar o posto de turismo visível, tem muito mais piada andar à procura do posto de turismo indo de porta em porta, tipo caça aos ovos da Páscoa…após voltas e voltas lá encontramos uma casinha cor-de-rosa com umas letrinhas minúsculas, era finalmente o Posto de Turismo. Depois queixam-se que as pessoas fogem do turismo em Portugal.
A Senhora que nos atendeu era simpática, apesar do discurso dela fazer parecer que nós já conhecíamos a Serra Estrela de trás para a frente. Decidimos comprar 2 guias para caminhada, Rota das 25 Lagoas e Rota do Mondego, e iniciámos o nosso percurso para a Serra.
Após uma leitura mais aprofundada da Rota das 25 Lagoas, vimos que o mesmo não servia para nada. Os mapas dos percursos estavam tão mal desenhado que eram pouco mais do que inúteis. O pior ainda foi que indicavam, por foto, dois pontos de visita, o Poço do Inferno e o Covão d’Ametade, que gostávamos de visitar mas que não apareciam em nenhum mapa. Começa a parecer-me que aquele pessoal gosta mesmo de caça aos ovos da Páscoa. Assim sendo, decidimos fazer nós as nossas próprias rotas.
Chegamos às Penhas da Saúde e estacionamos no 1º lago que encontramos, o Lago Viriato, cujas águas abastecem a Covilhã. Tiramos imensas fotos, o Alex deliciou-se com umas flores que estavam a desabrochar, Angie ia fazendo de batedora e encontrando pequenos tesouros para as fotos.
Seguimos depois para a Torre descendo em direcção ao Sabugueiro, paramos a meio caminho para fazer mais uma caminhada em direcção a uma cascata, algo que se demonstrou bastante difícil devido à neve. Por razões de segurança, resolvemos voltar para trás.
Paramos no Sabugueiro para almoçar, já a meio da tarde, e finalmente conseguimos provar comida típica da zona, Chanfana.
Após o belo repasto seguimos para o Covão do Forno, que se encontra logo a seguir ao Sabugueiro. Infelizmente, a placa de sinalização é muito pequena e quem não for com atenção, passa-a muito facilmente. Seguindo a linha de água fomos dar a mais um lago onde, com a luz de feição, conseguimos tirar umas fotos de reflexo na água fantásticas.
Continuando pelo mesmo caminho, fomos dar à famosa Lagoa Comprida. Esta era um antigo glaciar com 1 Km de extensão.
Voltamos novamente ao Covão do Forno, para ir buscar o carro e a caminho da Estalagem fomos mais uma vez brindados com um pôr-do-sol lindíssimo.
Foi um dia maravilhoso, passado entre água e neve.
Relativamente ao jantar deste dia, como não queríamos desistir da gastronomia da cidade da Covilhã, tentamos novamente encontrar um restaurante típico, mas a única coisa que encontramos foi um restaurante mesmo no centro da cidade que nos serviu um Arroz de Polvo. Podemos dizer que estava aceitável.