quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sushi-ya - Faro

Na nossa passagem pela costa sul do Algarve, não podíamos deixar de visitar o “irmão mais velho” de um nossos restaurantes preferidos em Lisboa, o Sushi-Ya de Faro.

O restaurante tem uma decoração muito típica japonesa, assim que entramos, ficámos apaixonados pela calma que transmite, tudo muito zen. O Sushi-ya de Faro tem uma sala interior e um pátio decorado com as lanternas japonesas de papel e bambu, achamos piada ao facto de se passar por uma parte da cozinha para se chegar ao pátio.

O menu para nós não foi grande surpresa, pois é bastante idêntico ao apresentado em Lisboa, tivemos uma sensação de peixe na água.IMG_5649

Desta visita, apenas temos de lamentar a demora do serviço. Sabemos que é bastante demoroso o processo, mas estivemos muito tempo à espera depois de fazermos o nosso pedido.

Enquanto estávamos à espera, aproveitamos para “brincar” um bocadinho com a fotografia, e saíram coisas giras como por exemplo

O Samurai:IMG_5651 A morsa assassina:IMG_5662 Vou-te comer:IMG_5665Matrix style: IMG_5682

Na nossa opinião, o Sushi-ya em Lisboa interpreta melhor o menu. Ainda bem que moramos quase ao lado…

L-Colesterol 2 – O novo

Não, não estamos a falar de um remake de um filme, o L-Colesterol é um restaurante que visitámos e sobre o qual escrevemos há cerca de 1 ano atrás (L-Colesterol 2009)

No início deste Verão um dos donos do restaurante deixou um comentário ao nosso post, agradecendo as nossas palavras e convidando-nos para visitar o novo restaurante, agora situado na Aldeia da Pedralva.

Não se assustem pois o L-Colesterol de Aljezur ainda funciona, mas agora apenas com menus de degustação com vários pratos incluindo as suas famosas tapas.

Voltando à Aldeia da Pedralva, aceitamos o convite e fomos visitar o novo L-Colesterol que mantém o mesmo ambiente e vivencia do anterior, com uma área de esplanada muito interessante.IMG_5448A comida continua com a mesma qualidade, continuando a ser uma referência naquela zona.

Para não variar muito começamos a nossa refeição com os famosos cogumelos recheados, que estavam para lá de bons. IMG_5437A nossa refeição não variou muito do ano passado, secretos de porco preto com arroz de farinheira e bife com manteiga, alho e pimenta e o doce da casa. Tudo bem regado com a famosa sangria de espumante.IMG_5440

IMG_5486IMG_5433Resumindo, muito obrigado pela refeição, que nos encheu os estômagos de alegria e também por nos darem a conhecer a Aldeia da Pedralva, um local de turismo de aldeia com muito bom aspecto que nos deixou curiosos de um dia experimentar.

PS: Agora a foto dos cogumelosIMG_5436

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Férias 2010

Há 2 semanas voltámos das nossas férias, ao fim de um ano que mais pareceram 2 ou 3 já estávamos mais do que desesperados por uns dias de descanso. Assim, depois de uma semana super atribulada a anteceder a nossa ida e um atraso de um dia na nossa saída lá fomos nós a caminho de Aljezur. Como não podia deixar de ser, pelo caminho parámos em S. Torpes para tirar o pó ao equipamento de mergulho. A água estava quente e calma, perfeita para o snorkeling não fosse o facto de já terem começado as mares vivas (as do mar mesmo e não o programa de tv…) e o mar começar a ter alguns pedaços de algas a esvoaçar, o que limitava um pouco a visibilidade.

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Das praias da linha de Aljezur vamos só salientar as condições perfeitas para a fotografia do meio aquático na praia de Monte Clérigo, as melhores que alguma vez tivemos, a surpresa da praia do Carvalhal, que não conhecíamos e nos deixou muito boas impressões e acima de tudo a praia da Bordeira, uma praia de dunas longas com ribeiro que enche na maré cheia, que nos deu um dos maiores sorrisos das ferias com a sua pacatez e isolamento. De resto, como sempre, Aljezur enche-nos as medidas, adoramos o ar que se respira por lá, a qualidade das praias, a calma, a variedade, enfim, tudo, até uma ida ao mercado é uma alegria.

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Este ano tínhamos decidido fazer umas ferias bipartidas, para que não deixássemos de vivenciar Aljezur mas que nos permitisse explorar um pouco melhor as praias da costa Sul do Algarve. Ficámos sediados em Lagos, no parque da Turiscampo. As condições eram muito boas, bons espaços, boas condições sanitárias, piscina excelente, nada de especial a queixar excepto o facto de não terem uma zona de barbecue, o que nos impediu de fazer os nosso grelhados de verão que tão bem sabem. A escolha de Lagos prendeu-se com a promessa das praias da zona serem muito boas para o snorkelling. Visitámos as praias do Camilo e D. Ana mas infelizmente as condições não eram muito boas para o snorkelling pois o mar estava muito revolto e a água demasiado turva. Passámos ainda na praia da Marinha, na zona de Lagoa, eleita uma das melhores praias do mundo, e pudémos confirmar que realmente deve ser um sítio de eleição. De novo, infelizmente o mar já não estava em condições para o mergulho. Retirando o snorkelling da equação decidimos então aproveitar as águas quentes da costa mais oriental e assim fomos até à praia da Manta Rota e Oura. A Manta Rota foi uma das surpresas das ferias, sítio muito aprazível e organizado, com estacionamento gratuito, areia limpa, água transparente e muito quente. Estava um daqueles dias em que não há corrente a puxar na água mas mesmo assim há ondas relativamente altas… resumindo, estava perfeito. Acho que cada vez que íamos à água ficávamos lá por mais de 1h. A praia da oura foi outra das surpresas pois encontrámos lá um pouco de riqueza de vida marinha no chão rochoso da beira-água, que tanto nos delicia. Só foi pena o mar em si não estar muito favorável, com muitas algas e até algumas alforrecas…

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Assim chegou o fim das nossas ferias, pelo caminho de volta ainda passámos por duas praias da zona de Vila do Bispo, a praia da Boca de Rio, uma praia de seixos enormes, muito bonita e muito pouco explorada e a praia da Salema, muito calma e simpatico, onde demos os últimos mergulhos do ano(?).

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Os pontos mais altos das ferias deste ano foram o Carvalhal pela sua beleza e oferta em vida marinha, Bordeira pela paz e sorriso enorme que nos deixou ao longo do seu imenso areal e Manta Rota, pelas suas águas quentes.

1400km e 13 praias depois estamos de volta para enfrentar todos os stresses que começaram logo a cercar-nos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sushi Alentejano

Já nos tinham falado de um restaurante em Lisboa que servia algo tão imprevisível como uma mistura entre a cozinha de sabores delicados (Japonesa) e a cozinha de sabores fortes (Alentejana). Decidimos experimentar e lá fomos então ao Eddys Kitchen, na Rua Ramalho Ortigão, ao pé do El Corte Ingles. É um restaurante bastante grande , simples mas acolhedor. Começámos por provar uma entrada de Vieira gratinada, que estava uma delicia, e seguimos para um prato de degustação do famoso sushi Alentejano.

eclogo_200pxO prato trazia Niguiris e makis, com as misturas mais improváveis que podem imaginar. Desde Niguiri de pimento, a Uramaki de carapau alimado. Makis de farinheira, de caldo verde com linguiça, de pato com laranja, de pêra com queijo de Serpa, de bacalhau com brôa, de bacalhau com todos, etc. É uma mistura impressionante de sabores, que vale bem a pena experimentar. É muito interessante e saboroso e sem dúvida uma das experiências gastronómicas a não perder em Lisboa.

No fim da refeição ainda fomos visitados pelo sushi master, André, muito simpático e atencioso, que nos explicou como esta nova forma de sushi foi criada.

Como apreciação final podemos dizer que Sushi alentejano não é o sushi que se come no típico restaurante japonês. Também não é a típica comida alentejana que se come um pouco por todo o lado neste país. É algo no meio dos dois, talvez um pouco mais perto do alentejano do que do Japonês, mas suficientemente diferente dos dois para estar numa classe à parte. Vale bem a pena visitar.

Para a próxima vez queremos experimentar o sushi frito, talvez parecido aos hot sushis mas que nos prometeram ser muito especial.

Novas descobertas no Sushi

Nós gostamos muto de sushi, isso já é de conhecimento quase generalizado… No entanto nós gostamos de experimentar novas propostas nesta área, por isso vamos visitando novos restaurante, em busca dessas novas criações.

Nos últimos tempos visitámos 3 novos restaurantes de sushi, o Suntory, o Koni e a Confraria.

Começamos pelo Suntory, o restaurante é muito simpático, com um ambiente acolhedor e relaxante, muito tipicamente nipónico. Nós optámos por fazer uma refeição inteiramente de makis cozinhados. Tudo o que escolhemos foi de muito boa qualidade, com algumas boas surpresas. É sem dúvida um restaurante a recomendar. Fica no Picoas Plazza.

1001708Em relação ao Koni, começamos por dizer que não é propriamente um restaurante, é um bar de Temakis, situado estrategicamente ao pé do Bairro Alto, no Largo Rafael Bordalo Pinheiro. Experimentámos quase a carta inteira e é uma proposta interessante, com alguns Temakis a ressaltar mais, como o de pele de salmão. Vale a pena lá passar se estiverem na zona.

41583_120568507989466_2361_nA nossa última sugestão é a Confraria, em Cascais. Fomos lá no aniversário da Angie, embora tenha sido algo espontâneo acabámos por ter acertado em grande. A Confraria é um excelente restaurante de Sushi. Provámos muita coisa e estava tudo delicioso, com um estilo muito moderno e claramente de fusão do qual podemos ressalvar o maki de ceviche como um ponto alto. O ambiente é simpático, temos apenas a notar que, devido à sua localização, deve ser costumeiro ver por lá muitos turistas e tios da zona… mas a comida é tão boa que dá para abstrair da vizinhança. É sem dúvida um dos grandes de Lisboa, vale a pena lá ir.

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Fifteen

Não sei se sabem mas em Julho fomos dar um saltinho a terras de Sua-Majestade, para conhecer Londres e os seus encantos. Adorámos a viagem, que se concluiu com uma travessia do Canal da Mancha pelo Eurostar até Paris e mais 3 dias na Cidade Luz. Até podíamos escrever muito sobre os pontos fortes de Londres, a sua arquitectura e cultura, etc mas preferimos escrever sobre os seus encantos culinários.

Nós sabemos que a Inglaterra não tem grande cozinha própria, nem grande tradição culinária. Por outro lado é a terra-mãe do nosso grande guru da cozinha, o Jamie Oliver, que seguimos tanto quanto podemos. Assim sendo não conseguimos resistir a jantar no seu restaurante, o Fifteen, e assim finalmente provar a sua real interpretação da cozinha.

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Apesar de se ter passado já mais de um mês as memorias gustativas ainda estão bem frescas. Nós começamos com uma entrada de Pizza bianco com mozzarella de bufala Campana, tomates da ilha de Wight e pesta à Genovesa. É uma entrada muito fresca e aromática.

Sendo o Fifteen um restaurante de inspiração Mediterrânica, mais especialmente Italiana, a refeição principal divide-se em primeiro e Segundo prato. As nossas opções para primeiros pratos foram Radiatori caseiros com ragu de rabadilha alla vaccinara, salsa lisa e Fontodi 2009, e um prato cujo título não conseguimos memorizar mas que consistia de Gnocchi de polenta. Ambos estavam muito bons, a um nível como talvez nunca tivéssemos comido ainda. Em especial destacamos o ragu, que estava delicioso, com uma mistura incrível de especiarias e sabores.

Como segundos pratos escolhemos um bife da alcatra de raça Angus Aberdeen, grelhado em carvão, maturado durante 32 dias, com manteiga de alho-tarragão, rúcula e pecorino fresco ralado. O outro prato foi galinha de raça Anglais assada com funghetto aubergine, espinafres Italianos e salsa verde. Bem, nunca tínhamos comido carne maturada durante 32 dias e só podemos dizer que não deve haver carne mais macia e saborosa. Estava uma delicia, com um sabor muito distinto de outras carnes grelhadas. A galinha também estava deliciosa, com pele crocante e uma mistura muito interessante entre os cogumelos e a base do molho.

Para sobremesa pedimos uma tarte de limao Amalfi com crème fraiche e raspas de casca de limão caramelizadas. Óptimo sabor a limao, com a acidez perfeita para ajudar a digerir a refeição que lhe tinha antecedido. A sobremesa foi acompanhada por um shot de Lemoncello feito na casa.

Resta dizer que acompanhámos a refeição com o vinho Rosé da casa mas queremos ressaltar que haviam 2 vinhos Portugueses na carta de vinhos. Eram eles Vinho verde Afros Loureiro 2009 e Azamor 2006 (tinto) e nos digestivos estava disponível MR Moscatel 2007. O vinho verde, por exemplo, estava nas sugestões da semana.

Adorámos o restaurante e a sua comida divinal. Vale bem a pena fazer uma visita quando se estiver em Londres. O Jamie sabe mesmo o que anda a fazer na cozinha, vale a pena segui-lo.

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Convite: Alma Poeta

Até nos sentimos importantes quando aparecem estes convites. Será que vai haver passadeira vermelha? Será que a televisão vai estar presente para fazer a cobertura deste evento?

Infelizmente não vamos poder estar presentes para confirmar, mas fica aqui o convite para quem quiser dar um saltinho à Livraria.

convite_alma_de_poeta[1]

Sofia, desejamos-te toda a sorte do mundo neste novo desafio.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Lombinho de porco recheado com farinheira

Para experimentar o forno já reparado, nada melhor que um assado à moda antiga.

Abrir ao meio um lombinho de porco e espalmar para que fique com a mesma espessura por toda a peça. Abrir uma farinheira e colocar o recheio no meio do lombinho. Enrolar e fechar com um cordel.DSC_5895 DSC_5896 DSC_5899DSC_5904Colocar o lombinho num tabuleiro e juntar 1 cebola cortada em meia-lua fina, 2 alhos picados e 1 colher de sopa de massa de pimentão. Regar com um pouco de vinho e com um fio de azeite. Levar ao forno a 150º pelo menos cerca de 45 minutos. Não se esqueçam de ir verificando a carne.

DSC_5911DSC_5916Nós acompanhamos este prato apenas com arroz branco.

DSC_5930 DSC_5931 Espero que gostem e bom apetite.

Equipamentos novos em casa

Esquecendo a parte do exaustor novo na cozinha, aproveitamos umas promoções da Worten.

Ao comprar isto:(O Alex mudou para o lado negro, o lado da maçã)

tivemos direito a um talão para depois comprar isto:27089 e mais isto:u_00146322 Que na nossa cozinha fica assim: DSC_5918Aproveitamos para fazer uns sumos que ficam assim:DSC_5932Para este sumo que rendeu cerca de 2 litros, e não só um copo, utilizámos: 1Kg de laranjas, 1 manga, 1 papaia, 2 pêssegos e cerca de 300gr de morango.

O sumo estava cheio de sabor e aroma, com bastante polpa, tal como gostamos. Há que beber este tipo de sumo bem fresquinho.

Agora com o Verão à porta havemos de fazer estas brincadeiras muito mais vezes. Esperem por novos textos e novas experiências.

15 dias sem cozinha

Começo por dizer que aposto que a maioria já ouviu várias histórias de horror de incêndios na cozinha. Infelizmente aconteceu-nos também...

Há duas semanas atrás estávamos a preparar uma pasta com vieiras e camarões quando aconteceu este problema. Estávamos a preparar o marisco, já tínhamos frito os alhos no azeite e colocámos as vieiras no azeite. Logo aí reparámos que estava algo mal pois começou a fazer muitos salpicos de gordura. Ao reparar nisso pedi à Ângela para ir buscar uma rede circular que usamos para tapar a frigideira quando isto acontece. Enquanto a Ângela se virou e chegou ao armário, toda a frigideira pegou fogo! 

Nestes momentos há sempre um instante em que se avalia a situação e se pensa em tudo o que nunca se deve fazer (como usar água para apagar o fogo). Após esse décimo de segundo  peguei num pano e comecei a tentar abafar o fogo. Logo de seguida a Ângela pegou noutro pano e atirou-o também para cima da frigideira, acabando por abafar por completo o fogo, isto tudo no espaço de 2 ou 3 segundos. Logo de seguida reparámos que a grelha do exaustor também estava a arder e usámos um pano para abafar. Quando tudo terminou retirámos a grelha por completo, para verificar se ainda havia mais alguma coisa a arder lá em cima. Felizmente não havia mas acabámos por assistir a uma cena digna de filme, o motor do exaustor estava a derreter pelos suportes e por consequência a cair, tipo esparguete.IMG_3675 DSC00170Isto tudo não durou mais do que 6 ou 7 segundo mas foi o suficiente para deixar o exaustor inutilizado. É absolutamente impressionante o poder destrutivo de um pequeno incêndio durante apenas alguns segundos. Sinto que na altura fizemos o que era preciso, sem congelar ou perder tempo, e que isso limitou muito os danos causados. No entanto, após isto não pudemos deixar de ficar a pensar no que podia ter acontecido se não estivéssemos à frente do fogão naquele momento ou se estivéssemos distraídos... É melhor não perder muito tempo a pensar nisso...

Entretanto já comprámos um exaustor novo, que também já instalámos, e conseguimos também reparar o nosso forno, que estava com dificuldades há já algum tempo. Finalmente estamos com a cozinha 100% funcional e por isso vamos voltar à carga com mais e novas receitas.

Pequena nota: A Nori também estava na cozinha quando tudo isto aconteceu. O raio da gata estava a dormir e a dormir ficou...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

AC Camargo Global Meeting of Translational Science

Depois de vos ter contado a minha opinião sobre São Paulo chegou a altura de vos falar um pouco sobre o congresso/curso que me levou lá. O curso foi organizado pelo Hospital AC Camargo e financiado pela FAPESP. Segundo o que me disseram concorreram mais de 300 pessoas de todo o mundo para ocupar cerca de 50 lugares. Algo importante e, julgo eu, irrepetível em qualquer outro local, é que nos pagaram todas as despesas de participação, viagem, alimentação completa, alojamento, etc.


O tema era a Ciência Translacional, a área que lida com a transferência de conhecimento da bancada dos laboratórios para a utilização clínica. Para lidar com este tema convidaram também dezenas de speakers internacionais, de áreas que variaram entre a oncologia e as neurociências. As várias sessões foram de nível muito elevado, embora, claro, algumas me dissessem mais que outras.


O congresso durou 2 semanas, como tinha dito num post anterior. Se por um lado esse factor foi responsável pelo estabelecimento de ligações fortes entre os participantes, por outro sinto que a meio da segunda semana já ninguém tinha paciência para mais seminários. Apesar de tudo acho que foi uma boa opção da parte da organização pois o grande objectivo era mesmo o estabelecimento de novas parcerias entre laboratórios.


Resumindo, foi um congresso muito completo, com muita gente interessante, seminários de elevada qualidade e muito conhecimento novo. Agora é só fazer por aproveitar o que lá aprendi.


Só para finalizar queria agradecer à organização, em especial ao Emmanuel Dias-Neto por tudo o que fizeram por nós.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

São Paulo

Já posso dizer que fui a São Paulo e sobrevivi! Até pode parecer que um grande feito mas no fundo não é. Antes de ir toda a gente dizia que aquilo é só crime, que são favelas de ponta a ponta da cidade, enfim, as maiores barbaridades. A São Paulo que eu encontrei é brilhante, arejada, limpa, evoluída, culta e alegre. Eu sei que neste momento podem estar a pensar que só andei de transfer ou táxi e que só pisei em solo seguro, daí a minha boa impressão. Pois enganam-se. Como sabem adoro andar a pé e foi isso mesmo que fiz durante estas duas semanas, quer dizer, isso e assistir ao Congresso.

sao-paulo1(http://adrianasassoon.files.wordpress.com/2009/05/sao-paulo1.jpg)

Andei por avenidas e ruas, lojas e centros comerciais, parques e jardins, de dia ou de noite e muitas vezes de mochila (com o portátil) às costas. Acredito que a cidade tem os seus perigos, tal como qualquer centro urbano, e que como tal existe crime, como é óbvio. No entanto acho totalmente injusto que se digam as barbaridades que me disseram nas semanas que antecederam a minha viagem, parece-me que muitas cidades europeias serão bem mais perigosas para turistas que S. Paulo.

Em todos esses caminhos percorridos encontrei uma cidade com um centro de arranha-céus, rodeada de zonas mais residenciais, umas mais nobres de vivendas e outras de prédios habitacionais. Uma cidade cheia de espaços verdes e árvores nos passeios que impressionam pelo porte e vivacidade, parece que lá estão há mais tempo que os seres humanos.

IMG_3336Uma cidade com um parque, o Ibirapuera, que deslumbra  e encanta pela variedade de vegetação, pela imensidão do espaço e pela vida que tem (estava cheio de gente a passear, fazer desporto, etc. IMG_3385Uma cidade cheia de cultura, com museus fabulosos como o MASP (um dos 20 melhores do mundo) ou o MAM, e livrarias que estão sempre cheias e contêm teatros onde são encenadas peças de nível altíssimo (Livraria Cultura, assisti a 2 peças de teatro lá – A Poltrona escura e A alma imoral). Como a minha amiga Sofia disse tão eloquentemente, o problema é que o Brasil vende-se mal, para fora só exportam futebol, samba e praia e deixam de fora tudo o que têm de bom no seu país.

Claro que nem tudo é lindo em S. Paulo. Num dos dias que tínhamos livre decidimos ir até à praia em Maresias, de autocarro… Tudo bem, até descobrirmos, a meio caminho, que a viagem levava 4:30h… Nessa viagem tive oportunidade de ver os arredores de S. Paulo, e ver aí as famosas favelas. Sinceramente, não são mais bonitas ou feias do que os muitos bairros de lata que ainda povoam tantos recantos do nosso país. Passada essa parte da viagem menos bonita, entrámos na Mata Atlântica, uma parede de selva densa e linda, verdejante e viçosa.

IMG_3238Foi um caminho lindo para a praia, valeu a pena o tempo dispendido. Quanto à praia, Maresias é um sítio fabuloso, uma enseada encostada entre serras, com mar batido, dado ao surf, e uns barzinhos simpáticos que servem caipirinhas em long drink… Quanto ao mar, quente como esperado, nem se dá pelo tempo passar lá dentro. Não ficámos lá muito tempo mas só saímos de lá já de noite e a água continuava óptima. A viagem de volta foi muito mais interessante, com o cansaço acabámos por adormecer e só acordar à chegada à Estação do Tietê.

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IMG_3316Resumindo, foi uma viagem marcante, uma introdução a uma cultura e um povo que eu verdadeiramente desconhecia, e que eu acredito a maior parte dos Portugueses continua a verdadeiramente desconhecer. É um unknown unknown… (quem esteve lá percebe…)

Para breve um pequeno report sobre o Curso em si.